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Monday, September 19, 2005 · segunda-feira, 19 de setembro de 2005
Ano 1 · Nº 17 · R$0,00


Brazil-zil-zil-zil-zil!!!

Brasil-sil-sil-sil-sil!!!
BRASILIA (DF) - The term ‘culture shock’ is commonly used to describe the disorientation that foreigners experience when first coming in contact with the wonders and oddities of a society different from their own. But well after the initial shock wears off there remain smaller, subtle ‘jolts’ which, taken cumulatively, reveal some of the most striking variations between cultures and ways of thought.

In Brazil, speed bumps, traps and traffic circles are effectively used as a means to keep motorists from tearing through local neighbourhoods and rich suburbs. Whereas in North America blind policemen are small and primarily restricted to school zones and parking lots, in Brazil your car may suffer irreparable damage if you fly over an unmarked one at sixty kilometres an hour.

But this doesn’t mean to say that Brazilian drivers don’t speed! It’s a simple matter of avoiding getting pulled over, a task made much easier not with radar detectors but with the naked
eye. Military, federal, state and traffic police make all their patrols with lights flashing, an idea seemingly taken from old American ‘cops and robbers’ films.

Canadians take no small pride when their athletes win on the world stage. And rightfully so, considering that the Canadian population base is roughly eight times less than America’s; six less than Brazil’s. In part, this situation has led to create a national identity that derives a perverse sense of pleasure from watching their competitors fail: seen as underdogs, defeats come as little surprise; victories come as pleasant ones. And although everyone realizes that – as much as any fan – television commentators emjoy seeing the maple leaf being raised, they usually maintain a certain level of objectivity.

The opposite could not be more true about their South American colleagues, who for lack of pompoms would make terrific cheerleaders. Every Brazilian point is a big point; every goal is a big goal; every defensive play is spectacular. Equally skilled efforts by the opposition tend to be ignored or attributed to a momentary lack of Brazilian attention.

An interesting aside: When large international events take place in Brazil, hundreds – if not thousands – of spectators receive yellow and green t-shirts to help cheer on their country. (But just the ones within constant range of television cameras!)

The letter X is one of the most versatile in the entire alphabet, even if it’s one of the least commonly occurring. In English it is used to shorten words with the same sound (x-tra); it abbreviates the word ‘cross’ (x-country, x-section); it is also a sign for ‘Christ’ (Xmas, or Xtina Aguilera the Blasphemous).

In Portuguese, X is pronounced ‘sheez’, which is close enough to the English word ‘cheese’ that it has become the prefix for properly attired hamburgers and sandwiches (X-burger).

And Brazil is always pronounced ‘Brazil-zil-zil-zil-zil!!!’ every time the national soccer team scores a goal.

Ron Halliday can be reached at scotian.gold@portolan.ca for questions and comments, or if you would like to suggest a future topic for The Interloper to report on.


BRASÍLIA (DF) - A frase ‘choque de cultura’ é regularmente usada para descrever a desorientação que estrangeiros sentem quando têm contato com as maravilhas e estranhezas de uma sociedade diferente pela primeira vez. Mas bem depois de o choque inicial passar, restam pequenos e sutis ‘espasmos’ que, vistos cumulativamente revelam algumas das variações mais visíveis entre culturas e maneiras de pensamento.

No Brasil, lombadas, valetas e balãozinhos são efetivamente usados como métodos para prevenir motoristas de voarem pelos bairros locais. Entretanto, na América da Norte os policiais cegos são pequenos e restritos primeiramente às zonas de escolas e estacionamentos, no Brasil seu carro pode sofrer danos irreparáveis se você decolar sobre um deles a sessenta quilômetros por hora.

Mas isso não quer dizer que os motoristas brasileiras não corram! O ponto aqui é evitar ser parado, uma tarefa feita muito mais fácilmente não com detectores de radar mas a olho nu. Policiais militares, federais, estaduais e de trânsito fazem todos os seus patrulhamentos com luzes acesas, uma idéia aparentemente tirada de antigos filmes americanos estilo ‘polícia e bandido’.

Canadenses ficam muito ciosos quando seus atletas ganham no palco mundial. E com razão, ao considerar-se que a população canadense é cerca de oito vezes menor do que a americana; seis menor do que a brasileira. Em parte, essa situação levou à criação de uma identidade nacional que deriva de um tipo de prazer perverso ao ver seus competidores falharem: vistos como inferiores, derrotas vêm sem surpresa nenhuma; vitórias vêm como uma feliz surpresa. E ainda que todo mundo saiba que – tanto quanto qualquer fã – mesmo os comentadores de televisão gostam de ver a bandeira canadense ser hasteada, eles normalmente mantêm um certo nível de objetividade.

O oposto não pode ser mais verdade sobre seus colegas sul-americanos, que apesar da falta de pompons devem ser cheerleaders ótimos. Todo ponto brasileiro é pontaço; todo gol é golaço; toda defesa é espetacular. Esforços iguais feitos pela oposição costumam ser ignorados ou atribuídos à falta de atenção brasileira momentânea.

Um aparte interessante: quando grandes eventos internacionais acontecem no Brasil, centenas – senão milhares – de espectadores recebem camisetas amarelas e verdes para ajudar a torcer por seu país. (Mas só os filmados constantemente pelas câmeras de televisão!)

A letra X é uma das mais versáteis no alfabeto inteiro, ainda que seja uma das menos freqüentes. No inglês é usada para encolher palavras com som igual (x-tra); para abreviar o prefixo ‘cross’ (x-country, x-section); e é também uma sigla para ‘Christ’ (Xmas, ou Xtina Aguleira, a Blasfemosa).

No português, X é pronunciada ‘xis’, bastante próxima à palavra inglesa ‘cheese’, que a tornou o prefixo para hambúrgueres e sanduíches propriamente adereçados (X-burguer).

E Brasil é sempre pronunciada ‘Brasil-sil-sil-sil-sil!!!’ a cada vez que a Seleção marca um gol.

Ronald Halliday pode ser contatado em scotian.gold@portolan.ca para perguntas e comentários, ou se você quiser sugerir um tópico futuro para O Interloper investigar.
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