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Criatividade na Pesca de Fly
É muito
comum, nós pescadores, em determinados momentos, nos
depararmos com um comportamento do peixe diferente
daquele que estamos acostumados e por mais que se tente
atiçar o seu apetite, muitas vezes ele, não dá a
mínima para nossas iscas, dai o pescador é obrigado a
usar a criatividade e quando menos se espera a solução
do problema estána nossa cara. Todo pescador está sujeito a isso e como não poderia deixar de ser, aconteceu comigo. Certo dia, um amigo passou em casa e me chamou para irmos pescar em um pesque-pague. De imediato, passei a mão no meu equipamento de fly e fui a luta,ou melhor a pescaria. Quando chegamos à beira do açude, era possível ver diversos peixes rebojarem a flor dágua, ai a adrenalina subiu e a pressa em dar o primeiro arremesso também. Já conseguia imaginar minha mosca seca pousar sutilmente na superfícei e ter o prazer de vê-la abocanhada por um peixe. Essa empolgação toda, depois de meia hora de tentativas já havia se tornado no mínimo um sentimento de frustração, depois de tentar diversas iscas, ou melhor de tudo, a frustração se tornau raiva, muita raiva !! Ai é hora de parar, tomar uma geladinha e depois, de cabeça fresca, voltar com o animo restabelecido para o 2o Round. Novamente as respostas dos peixes foi negativa. Bom, dai parei novamente para refletir o que poderia estar errado. Bom, dai parei novamente para refletir o que poderia estar errado. Na realidade, o que estava acontecendo é que eu estava raciocinando como se estivesse pescando, o peixe em seu ambiente natural, onde ele é obrigado a procurar seu próprio alimento e no caso de determinadas espécies predadoras sair para caçar. |
Apesar de
estar pescando a tilápia, que não é um peixe nativo do
Brasil, na natureza ela também é obrigada a caçar seu
alimento. Acontece que nos pesque-pagues, grande
quantidade de alimento é oferecida aos peixes e issso
pode acabar refletindo no comportamento dos peixes.
Então observando o que estava acontecendo, sobre um novo
ponto de vista, ficou mais fácil encontrar a resposta.
Atentando um pouco mais para descobrir do que os peixes,
em especial a tilápia estava se alimentando, constatei
que ela estava vindo à superfície buscar a ração que
os demais pescadores estavam utilizando de ceva. Dai não tive dúvida, da mesma forma que existem iscas de fly que procuram imitar frutinhas caindo na água, porque não criar uma que imitasse um pelite de ração. Bati o olho no meu estojo de pesca e vi um pedaço de cortiça. De posse de um canivete trabalhei esse pedaço de cortiça até se assemelhar a ração e ali mesmo na beira da lagoa, não tive grande dificuldade em atar mais essa nova isca de fly, embora que de uma forma bem rústica. Logo no primeiro arremesso, vocês não imaginam a surpresa, a isca foi atacada por um belo exemplar, só que ao invés de fisgar uma tilápia, fui sorteado por uma bela carpa de aproximadamente 2 kg que rendeu uma briga memorável. Depois do peixe ser liberado, pude travar diversas batalhas com muitos exemplares de tilápia e pude abservar o ataque de peixes como o bagre africano e até mesmo o pacu. Como pode-se ver, consegui salvar a pescaria, pena que isso só ocorreu no final do dia, más deu para constatar mais uma vez que a persistência e a criatividade são fundamentais para o pescador para que ele obtenha sucesso em suas pescarias. |